Estamos vivendo a ascensão da marca Brasil? Enquanto deixo o país para uma viagem, me pego refletindo sobre algo crucial para nós, brasileiros, mas muitas vezes ofuscado pelas dissidências políticas extremas.
Não vestimos uma só camisa, vestimos um lado dela. Como se a camisa do Brasil fosse reversível.
Quando falo em marca Brasil, não me refiro apenas ao logo oficial usado no exterior, mas à percepção global do nosso país. Pelo que somos lembrados, reconhecidos e desejados.
Sempre seremos o país do futebol e do carnaval, mas nossa marca precisa ir além. Precisamos potencializar outras riquezas, consolidando o Brasil como potência global.
No esporte, somos referência. Das quadras e ginásios, surgem fenômenos como Rebeca Andrade e João Fonseca.
Nas águas, o Brazilian Storm segue forte com Gabriel Medina, Italo Ferreira e muitos outros. No skate, Rayssa Leal e Gui Khury brilham com uma nova geração. No automobilismo, Gabriel Bortoleto nos leva de volta à Fórmula 1.
No mundo dos negócios, exportamos marcas como Nubank, Farm Rio, Gerdau, Havaianas, Natura e The Coffee. Na ciência, o brasileiro Carlos Monteiro foi apontado como uma das 50 pessoas mais influentes do mundo em 2025 pelo The Washington Post. No campo, o agronegócio lidera mercados mundiais.
E neste domingo, o Brasil brilha no Oscar. Pela primeira vez, estamos concorrendo a três estatuetas na maior premiação do cinema mundial.
Fernanda Torres, Walter Salles e um time de peso levaram nossa cinematografia ao topo. Um marco.
Se você não está orgulhoso do que o Brasil produz, talvez seja hora de repensar. Você pode não gostar de um jogador, mas torcer contra o time é torcer contra si mesmo.
O sucesso de um setor fortalece o todo. Precisamos de cultura, economia, inovação, sustentabilidade e ciência. Somos grandes e diversos.
Hoje, 21% do mundo já nos enxerga como potência global, conforme estudo do Munich Security Conference (2025). Podemos ir além. Já passou da hora de nos unirmos para projetar a marca Brasil ao mundo.